José Bogas, CEO da Endesa: “A seguridade e competitividade do fornecimento, fatores-chave no atual contexto”

Assembleia Geral de Acionistas da Endesa, realizada na sua sede em Madrid, em 29 de abril de 2025.
  • A empresa celebrou hoje a sua Assembleia Geral de Acionistas na sua sede em Madrid, apenas um dia depois do apagão que afetou a Península Ibérica. Neste contexto, o CEO, José Bogas, definiu a energia como uma das prioridades críticas para Espanha e para o conjunto da Europa. "Contextos como o de ontem, põem em evidência a importância da garantia do fornecimento elétrico. Somos sociedades modernas porque estamos eletrificados e, por esta mesma razão, garantir a segurança do fornecimento e a competitividade do nosso sistema elétrico é fundamental".
  • O CEO analisou os excelentes resultados financeiros da empresa em 2024, em todas as áreas de negócio, que sustentam a revisão em alta do dividendo a ser pago este ano para 1,32 euros por ação, 10% acima do objetivo anteriormente estabelecido e 32% acima do último dividendo pago em 2023.
  • O CEO da Endesa resumiu as operações realizadas durante 2024 de um ponto de vista estratégico: "No ano passado, concluímos uma operação muito importante para incorporar parceiros no desenvolvimento de certos projetos renováveis. A venda de 49,99% da empresa que agrupa as centrais fotovoltaicas da Endesa e a compra de 34 centrais hidroelétricas, o que melhora o nosso mix de produção".
  • Relativamente ao debate sobre o plano de encerramento faseado das centrais nucleares espanholas, Bogas reiterou: “No atual contexto de incerteza energética e geopolítica, pode não ser prudente renunciar a uma tecnologia não emissora, segura e competitiva”.
  • O Diretivo sublinhou ainda a necessidade de atualizar e melhorar a regulação e a taxa de remuneração dos ativos regulados, tanto da rede de distribuição como da atividade de produção em sistemas não peninsulares, especialmente nas Ilhas Canárias. "No domínio das redes de distribuição, é essencial desenvolver um quadro regulamentar e adaptar o modelo de remuneração. Se não reforçarmos a rede para prestar serviço aos novos projetos industriais, perderemos uma oportunidade de industrialização muito importante".
  • O CEO recordou ainda o plano de investimento de 9,6 mil milhões de euros apresentado em novembro passado para o período 2025-2027, o maior volume desde que a Endesa começou a operar no perímetro de Espanha e Portugal, em 2014. Com um foco principal muito claro: “O investimento em redes, desde que as melhorias regulamentares necessárias estejam em vigor, ascenderá a 4 mil milhões de euros, 45% mais do que no plano anterior”.
  • Aludiu também ao programa de recompra de ações, até 2 mil milhões de euros, aprovado no mês passado pelo Conselho de Administração, com o objetivo de otimizar a estrutura de capital da empresa, acrescentando alternativas para uma utilização eficiente do capital e tornando a remuneração dos acionistas mais atrativa. Além disso, salientou que o programa apoia a estabilidade das ações numa altura em que as condições de mercado são voláteis.
  • Bogas encerrou o seu discurso agradecendo o desempenho de todos os colaboradores da Endesa.  
  • O Presidente não-executivo da Endesa, Juan Sánchez-Calero, analisou a situação internacional e o seu impacto no sector a nível europeu e nacional, e sublinhou: "O valor e a importância das empresas medem-se sobretudo pela sua capacidade de enfrentar as dificuldades e contribuir para o progresso das comunidades em que operam. O nosso desempenho durante o exercício de 2024 e os resultados registados são uma primeira expressão do nosso papel como fator de estabilidade e desenvolvimento".
José Bogas, CEO da Endesa.

A Endesa realizou hoje a sua Assembleia Geral de Acionistas na sua sede social em Madrid, com um quórum de 85,63% do capital social presente. Uma reunião celebrada apenas um dia depois do apagão que afetou a Península Ibérica. Neste contexto, o CEO, José Bogas, definiu a energia como uma das prioridades críticas para Espanha e para o conjunto da Europa. "Contextos como o de ontem, põem em evidência a importância da garantia do fornecimento elétrico. Somos sociedades modernas porque estamos eletrificados e, por esta mesma razão, garantir a segurança do fornecimento e a competitividade do nosso sistema elétrico é fundamental".

A continuação, o CEO, José Bogas, na prestação de contas da companhia perante os acionistas, falou do 80 aniversário que a Endesa celebra desde o passado mês de novembro: “Nascemos para eletrificar o país e hoje lideramos um mercado elétrico em contínua transformação e crescimento. Os nossos primeiros passos foram dados com o carvão como fonte de energia, o que permitiu industrializar Espanha”.

Sobre o contexto onde a Endesa opera e a forma na qual este contexto determina as prioridades atuais acrescentou: “No âmbito geopolítico, novos fatores estão redefinindo a ordem mundial. A guerra no Médio Oriente, a longa guerra em Ucrânia, as políticas nacionalistas e protecionistas, a retirada dos Estados Unidos do Acordo de Paris e a sua imposição das tarifas comerciais e protecionistas, são sinais claras de que a Europa deve assumir um rol de liderança e reforçar a sua auto-suficiência. Neste panorama, a energia e a defensa são as principais prioridades do continente”.

 

Durante a revisão dos principais marcos financeiros para 2024, o CEO destacou o excelente desempenho registado por todas as áreas de negócio. Como resultado, o ebitda (lucro operacional bruto) cresceu 40% em relação a 2023, atingindo 5.293 milhões de euros. E o lucro líquido ordinário multiplicou-se por 2,1 vezes em relação ao ano anterior, para 1.993 milhões de euros, graças à normalização dos mercados de energia. “Estes resultados permitem-nos propor uma remuneração durante este ano a todos vós, nossos acionistas, de 1,32 euros por ação, 10% acima do objetivo fixado e 32% mais do que o pago durante o exercício de 2023, colocando a rentabilidade por dividendo acima de 6%”, sublinhou.

Para além dos resultados financeiros, o CEO da Endesa destacou as duas transações concluídas em 2024.  "No ano passado, também concluímos uma operação muito importante para incorporar parceiros no desenvolvimento de certos projetos renováveis. Especificamente, foi alcançado um acordo com a Masdar para a venda de 49,99% do capital social da Enel Green Power España Solar 1, a empresa que agrupa as centrais fotovoltaicas da Endesa. Esta operação permitirá aumentar os fundos para realizar novos investimentos, enquanto a Endesa mantém o controlo dos ativos e recebe 100% da energia produzida. Adquirimos também 34 centrais hidroelétricas à Acciona, o que representa 626 MW de nova capacidade. Este é um acordo estratégico para a Endesa, uma vez que melhora o nosso mix de produção ao aumentar a produção hidroelétrica em mais de 20%".

No que respeita à atualização do plano estratégico da empresa para o período 2025-2027, José Bogas detalhou os seus principais números, focando o facto de os 9.600 milhões de euros previstos, mais 8% do que no plano anterior, representarem "um recorde histórico para a empresa desde que começou a operar no seu atual perímetro geográfico, Espanha e Portugal, em 2014. Do total, 80% será concentrado em duas áreas: redes de distribuição e ativos de geração".

"O investimento em redes, sujeito às melhorias regulamentares necessárias, ascenderá a 4.000 milhões de euros, 45% mais do que no plano anterior. Para a produção renovável, afetaremos 3700 milhões de euros, ou seja, 39% do total", acrescentou. Este último valor inclui a operação hidroelétrica acima referida.

 

O CEO detalhou ainda dois outros destinos de investimento relevantes incluídos no plano: "10% do plano será afetado à manutenção dos sistemas não peninsulares, à produção nuclear e aos ciclos combinados. Este plano não inclui o eventual investimento associado ao processo de concurso nas ilhas, que depende do resultado do leilão e da visibilidade regulamentar. Por último, 900 milhões de euros serão afetados à nossa atividade de comercialização de energia e de serviços de valor acrescentado. O nosso objetivo é estar próximo dos nossos clientes, compreender e satisfazer as suas necessidades e atingir 7,1 milhões de clientes no mercado livre da eletricidade em 2027".

Para além de tudo isto, e precisamente devido à ampla capacidade financeira da empresa graças aos seus saudáveis rácios de alavancagem, Bogas referiu-se ao plano de recompra de ações lançado pela empresa em abril passado, de até 2.000 milhões de euros e iniciado com uma primeira tranche de 500 milhões. Este plano é compatível com o plano industrial 2025-2027 e não envolve a empresa-mãe Enel. "Através desta operação, a Endesa pretende otimizar a sua estrutura de capital, acrescentar alternativas para uma utilização eficiente do capital e tornar a remuneração dos acionistas mais atrativa, apoiando simultaneamente a estabilidade das ações numa altura em que o mercado é tão volátil como o atual.  E tudo isto com um impacto limitado na liquidez da ação, que não alterará a sua participação nos principais índices bolsistas, uma vez que o volume de ações recompradas na tranche já lançada será de cerca de 2% do total", destacou como pontos-chave desta iniciativa.

 

Contexto energético: atualização do PNIEC e perspetivas da energia nuclear

O Diretivo principal da empresa explicou também aos acionistas a sua visão sobre o planeamento energético nacional e como se enquadra o encerramento previsto do parque nuclear, tendo em vista a sua concretização efetiva em meados da década. Em primeiro lugar, e em relação à atualização do Plano Nacional Integrado de Energia e Clima (PNIEC), referiu: "A nova versão assenta em três pilares: uma expansão mais acelerada da capacidade renovável (sobretudo eólica e solar); o reforço e expansão das infraestruturas de rede (elemento fundamental para garantir a estabilidade e fiabilidade do sistema); e a eletrificação, que na versão revista representa 35% da procura final de energia em 2030, contra 24% em 2023. Esta atualização do PNIEC envolve um investimento total estimado de 308.000 milhões de euros no período 2021-2030, o que representa um aumento de 28% em relação ao plano anterior".

Neste contexto, Bogas reiterou as mensagens que tem vindo a comunicar ao público e às partes interessadas afetadas sobre o plano de encerramento dos reatores nucleares desde há vários meses. "O PNIEC prevê o encerramento das centrais nucleares num futuro imediato. No entanto, no atual contexto de incerteza energética e geopolítica, poderia não ser prudente renunciar a uma tecnologia não emissora, segura e competitiva". As principais razões que levaram o CEO a defender o prolongamento do funcionamento destas centrais foram as seguintes:

  • A energia nuclear abastece 20% da procura em Espanha.
  • As centrais nucleares em Espanha são muito seguras e estão em perfeitas condições para prolongar a sua vida até 60 anos, em comparação com os atuais 46 anos. De facto, nos Estados Unidos, centrais semelhantes chegam mesmo a atingir os 80 anos.
  • Vários estudos afirmam que o preço da eletricidade poderia aumentar significativamente se as centrais nucleares fossem encerradas, o que significaria uma perda de competitividade.
  • Isso significaria também um aumento das emissões de CO2, uma vez que, num cenário sem energia nuclear em Espanha, as centrais de ciclo combinado teriam de assumir a carga de produção. Por outro lado, o gás é um combustível com grande volatilidade de preços e com fontes de abastecimento pouco fiáveis fora da UE, como se verificou recentemente.
  • As consequências do encerramento da frota nuclear na Catalunha poderiam ser particularmente significativas, uma vez que 60% da produção de eletricidade nesta comunidade provém de centrais nucleares.  
  • Alguns países lançaram planos de construção ambiciosos e outros decidiram inverter o encerramento. A Agência Internacional da Energia está também a considerar a possibilidade de triplicar a produção nuclear até 2050, a fim de cumprir os objetivos em matéria de alterações climáticas.
  • Não esquecer que esta tecnologia é fortemente penalizada fiscalmente em relação a outras tecnologias, suportando mais de 16 €/MWh de impostos (25% do custo total), para além do custo da taxa ENRESA, que aumentou de 7 €/MWh em 2019 para 10,7 €/MWh. Este imposto tem de ser reduzido para tornar estas centrais economicamente viáveis.

Em suma, de acordo com o CEO da Endesa: "Neste contexto, seria prudente rever o plano de encerramento da frota nuclear em Espanha. Atualmente, é uma fonte de energia da qual não devemos prescindir para reduzir as emissões de CO2, responder ao aumento da procura industrial de eletricidade, reforçar a segurança do fornecimento de eletricidade e garantir que os preços da eletricidade não aumentam".

 

Rede de distribuição

No que diz respeito às perspetivas da empresa para os negócios regulados, Bogas defendeu o interesse e a capacidade financeira da Endesa para apostar firmemente na expansão, melhoria tecnológica e adaptação a fenómenos climáticos extremos da rede de distribuição elétrica. Trata-se de um ativo em que a empresa é o primeiro operador em Espanha e que é considerado a espinha dorsal da transição energética.

"Para além do debate sobre o nuclear, há outros aspetos que devem ser trabalhados de imediato. Especificamente, no domínio das redes de distribuição, é essencial desenvolver um quadro regulamentar e adaptar o modelo de remuneração. Os modelos energéticos devem ser competitivos para os consumidores, mas também rentáveis para os investidores", sublinhou.

O CEO salientou ainda que a taxa de retorno do investimento na rede "é atualmente de 5,58% antes de impostos, o que é insuficiente e está longe do que é oferecido por outros países. Propusemos que fosse fixada em 7,5% para a alinhar com a remuneração no contexto europeu".

A situação atual, enquanto se aguarda a definição dos novos parâmetros de remuneração e da nova regulamentação da rede durante 2025, foi descrita por Bogas da seguinte forma: "A Espanha pode voltar a industrializar-se e aspirar a que 20% do PIB nacional provenha da indústria. Dada a sua localização geográfica, o seu parque de produção renovável, os preços atrativos da eletricidade e a disponibilidade de mão de obra qualificada, pode tornar-se o grande pólo de investimento industrial da Europa, atraindo nova procura. Basta um quadro regulamentar e um modelo de remuneração adequados para que esta oportunidade não seja desperdiçada. Não é altura de restringir o investimento, mas sim de incentivar a antecipação do investimento para manter a solidez da rede elétrica".

 

Bogas terminou o seu discurso com palavras de agradecimento ao Conselho de Administração pela confiança depositada nele como CEO e aos colaboradores da Endesa. “Os bons resultados financeiros neste contexto de incerteza são um sinal da solidez da Endesa e do excelente desempenho da nossa equipa, a quem gostaria de agradecer pelo seu empenho e dedicação”.

O presidente não-executivo da Endesa, Juan Sánchez-Calero, também analisou a situação internacional e o seu impacto no sector a nível europeu e nacional, e sublinhou: "O valor e a importância das empresas medem-se sobretudo pela sua capacidade de enfrentar as dificuldades e contribuir para o progresso das comunidades em que operam. O nosso desempenho durante o exercício de 2024 e os resultados registados são uma primeira expressão do nosso papel como fator de estabilidade e desenvolvimento".

 

 

Sobre a Endesa 

A Endesa é a empresa líder no setor de eletricidade em Espanha e a segunda em Portugal. É também o segundo operador de gás no mercado espanhol. Tem um negócio integrado de produção, distribuição e comercialização de eletricidade, e oferece serviços de valor acrescentado destinados a eletrificar as utilizações energéticas das famílias, empresas e administrações públicas. A Endesa está comprometida com os ODS das Nações Unidas e com a responsabilidade social corporativa. Neste último âmbito atua também com a Fundación Endesa. A nossa equipa de trabalho totaliza cerca de 9.000 colaboradores.   A Endesa faz parte da Enel, uma empresa multinacional de eletricidade e um ator integrado líder nos mercados globais da energia e das renováveis. [1].

 [1] A liderança da Enel nas diferentes categorias é definida em comparação com os dados dos seus concorrentes para o ano de 2023. Não estão incluídos os operadores detidos integralmente pelo Estado. 

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