Quanta energia gasta um assistente virtual?
Os assistentes virtuais e as casas do futuro já não são uma novidade para os portugueses, que já apostam na compra de equipamentos inteligentes pela sua conveniência, fácil utilização e simplificação de rotinas. Afinal alta voz já não serve só para ouvir música. Agora a funcionalidade alta voz ouve o que dizemos, compreende a mensagem e responde.
Quando um qualquer assistente virtual chega a casa, abre-se a porta de Nárnia. Ups. A porta a tecnologias e técnicas de automação sem fim. E o mundo tecnológico está repleto de possibilidades: é possível automatizar candeeiros, termóstatos, interruptores, lâmpadas, sensores de movimento, sistemas de irrigação, sensores de segurança, câmaras de vigilância, campainhas, altifalantes e muito mais.
A casa do futuro já faz parte da nossas vidas. Aliás, atualmente, grande parte da tecnologia desenvolvida para os nossos lares foi pensada para estar ligada e conectada 24 horas por dia, sete dias por semana, 365 dias por ano. Nestas inovações incluem-se assistentes virtuais como Alexa ou Google Home, sedentos de ouvir as nossas vozes chamarem os seus nomes. A sua presença facilita as nossas vidas, mas será que notamos as suas presenças na fatura de energia?
Os Assistentes Virtuais no dia a dia
Pesquisar informações, fazer a lista das compras, agendar eventos e notificações, ouvir as músicas do momento, controlar as luzes ou pedir uma pizza podem ser feitos através dos famosos dispositivos controlados por voz como a Amazon Echo e o Google Home. Só é preciso pedir.
Esta comodidade e facilidade na gestão das casas tornou-se muito popular e que coleciona novos adeptos todos os dias. Atualmente, existem mais de 23 mil milhões de dispositivos inteligentes ligados no mundo inteiro, sendo esperado que este número mais do que triplique até 2025, de acordo com os dados disponibilizados pela Centrica, uma empresa de soluções e serviços energéticos.
Para descobrir mais sobre o mundo dos assistentes virtuais, clique aqui.
Amazon Echo vs Google Home
Assistentes virtuais inteligentes como Alexa, OK Google, Siri ou Cortana vieram para ficar. Cada vez mais confiamos neles para organizar as nossas vidas e a sua chegada foi o impulso que precisámos apostar na Internet das Coisas e na domótica nas nossas casas. Tudo conectado à rede de WiFi. Afinal, no mundo da Internet das Coisas, os sistemas de casas inteligentes e dispositivos funcionam em conjunto, partilhando dados de consumo entre si e automatizando ações tendo em conta as suas preferências.
Mas quanto custa um assistente virtual ligado 24 horas por dia? Menos do que pensamos.
Vamos comparar o custo de ter um assistente virtual em casa tendo por base dois aparelhos distintos, o Amazon Echo e o Google Home.
Numa primeira análise, a sua eficiência energética é surpreendente. Quando estão ligados à tomada, ativados e conectados à rede de WiFi, consomem entre 2 e 4 w de energia consoante o modelo. Para entendermos bem as contas, para as tarifas mais baratas estamos a falar de um custo anual de cerca de 2,1 euros para os modelos pequenos e de 4,2 euros para os modelos maiores. Se analisarmos o consumo em termos mensais, o assistente virtual pode custar entre 0,175 e 0,35 euros dependendo do tamanho.
O custo é o mesmo quando estão ligados e em funcionamento?
Surpreendentemente, o consumo não aumenta consideravelmente quando os assistentes virtuais nos ajudam com as previsões do tempo ou quando tocam as nossas canções preferidas. Podem registar picos de energia de 10 W quando o volume está muito alto, mas a média de consumo ronda os 6 W.
Além disso, os assistentes virtuais não trabalham com a mesma intensidade 24 horas por dia. Por isso, vamos calcular o custo de utilização de um assistente virtual para ouvir três horas de música por dia, 365 dias por ano. Com uma média de consumo de 6 W, esta brincadeira custaria 78 cêntimos por ano. Ou seja, menos de 0,06 euros por mês.
Estes valores correspondem ao preço de um único dispositivo. É preciso ter em conta que é cada vez mais comum ter mais de um assistente inteligente em casa. Muitas pessoas têm vários Amazon Echo ou Google Home espalhados pela casa e é aqui que o consumo começa a aumentar. Mas mesmo assim, em pequena escala.
O que acontece aos outros dispositivos conectados?
Existem centenas de dispositivos compatíveis que nos facilitam a vida e tornam a nossa casa cada vez mais inteligente. Desde os termóstatos às televisões, passando pelas lâmpadas, porta-retratos, fechaduras e alarmes digitais, bem como pelos eletrodomésticos e pelas tomadas, que podem ser ativadas ou desativadas com um comando de voz.
Isto significa que grande parte dos aparelhos que partilham casa connosco vão estar ligados e conectados de forma permanente. Aqui entra o consumo fantasma, que devemos ter em conta na fatura de energia embora não deva ser uma grande preocupação.
A grande mais-valia?
Mesmo tendo em conta o investimento inicial e o consumo mensal de energia, o assistente virtual vai ser um grande aliado no controlo e gestão do consumo energético como um todo. Ora vejamos, a partir do momento em que os seus eletrodomésticos e equipamentos se encontram conectados e podem ser controlados e programados através do smartphone, chegou o momento de fazer contas ao consumo de energia.
Sim, graças à automatização da sua casa vai conseguir programar o período de funcionamento das tomadas inteligentes, acabar com o pesadelo dos equipamentos em standby e programar o funcionamento dos eletrodomésticos para as horas mais económicas. E com estas e outras medidas, reduzir os gastos com o consumo energético.
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